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A United Launch Alliance (ULA) saiu da competição do Departamento da Defesa dos EUA para enviar satélites para o espaço, deixando a SpaceX sozinha na competição.
Sem competição, Elon Musk da SpaceX, ficará sozinho para receber o seu primeiro contracto com o Pentágono. Esta saída acaba por marcar uma viragem histórica para a ULA, uma parceria entre a Lockheed Martin-Boeing, que manteve um monopólio em segurança nacional de lançamentos espaciais ao longo de uma década. Oficiais da ULA apontam os fundos distribuídos sob o Acto de Autorização de Defesa Nacional de 2015, como razões sob as quais a companhia saiu do próximo contrato de lançamento.
'Sob as restrições impostas pelo Acto de Autorização de Defesa Nacional de 2015 (NDAA), a ULA não tem actualmente nenhum motor Atlas disponível para licitar e assim não é capaz de apresentar uma proposta atempadamente,' disse o porta-voz da ULA Jessica Rye à Defence News.
A NDAA colocou limites ao uso dos motores Russos RD-180, que estão no foguetão Atlas V da ULA, como reacção às agressões da Rússia à Ucrânia. A lei de gastos na defesa foi definida de modo a autorizar a ULA a utilizar quatro dos motores, no entanto, o projecto de lei não foi assinado por lei a tempo de a empresa apresentar a sua proposta.
Funcionários da ULA também apontam para a estrutura do contrato como um factor que dizem tê-los impedido de permanecer na competição contra a SpaceX.
"Tudo se resume a ser uma comparação apenas do preço, o que leva a que os nossos maiores pontos fortes sejam colocados fora da mesa", disse Tory Bruno CEO da ULA ao Washington Post.
Tory Bruno acrescentou ainda que espera que os legisladores voltem a ponderar a ideia de usar os motores de fabricação russa e que espera que a sua empresa possa competir no futuro.
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Vastos volumes de água passaram através deste abismo profundo de Marte, que liga o 'Grand Canyon' do Sistema Solar - Valles Marineris - às planícies do norte. A imagem feita pala sonda Mars Express da ESA a 16 de Julho, centra-se em Aurora Chaos, perto das junções do Ganges, Capri e Eos Chasmata.
A Aurorae Chaos mede aproximadamente 710 km (uma pequena parte aparece na foto) e mergulha perto de 4.8 km abaixo do terreno envolvente acima.
A região é rica em falhas que apontam para episódios 'molhados' na história do Planeta Vermelho. Dominando a porção a sul (esquerda) da foto estão numerosos pedregulhos amontados - 'chaotic terrain', que se acredita ter sido formado quando a superfície colapsou em resposta ao derretimento do gelo abaixo do terreno e a consequente libertação da água.
Para o centro da imagem, está o solo mais macio de Ganges Chasma, composto principalmente de depósitos aluviais e que transita para uma escarpa íngreme e a planície de crateras ao norte (direita),
A planície a norte partilha a mesma elevação do que aquela do lado sul, mas que não exibe os mesmos níveis de colapsos catastróficos.
No entanto, o topo da colina mostra alguns canais, e as paredes mostram evidências de material caído ou derrocadas - melhor vistas de perspectiva. O material mais perto do 'chasma' principal parece pisado, o que pode reflectir diferentes níveis de água ou gelo ao longo do tempo.
Outra característica interessante, pode ser vista em direcção ao topo-esquerdo da imagem, onde um par de falhas passam através de um bloco colapsado e que talvez se estenda à planície sul no topo da imagem.
As falhas podem ser o resultado de um evento tectónico que tenha ocorrido após a formação do terreno caótico, ou pode ser simplesmente resultado da sedimentação.
A região é meramente uma pequena secção de um enorme sistema de vales ligados e canais que transbordaram de água para as planícies a norte e que teriam sido muito provavelmente activas nos primeiros mil a dois mil milhões de anos da história do planeta.
Apesar da temperaturas frígidas, Marte poderá ser capaz de abrigar lagos de água na sua superfície, sugerem novos estudos.
Apesar de pequenas quantidades de água se evaporarem rapidamente na atmosfera de baixa pressão Marciana, fontes de água, como aquíferos, podem durar tempo suficiente para formar um charco, com lagos maiores permanecendo líquidos durante pelo menos um ano, dizem os investigadores.
'Ninguém duvida que em determinada altura houve água em Marte,' diz Jules Goldspiel, do Instituto de Ciência Planetária no Arizona. 'A questão em que eu andava interessado, dado as condições actuais, e que são hostis à água líquida, é saber se podem (ainda) existir.
Ele criou uma simulação para determinar se a água líquida pode atolar e formar lagos que permaneçam líquidos até agora.
'Poderá existir durante algum tempo, potencialmente,' disse Goldspiel, que apresentou resultados a 12 de Novembro no encontro da American Astronomical Society's Division for Planetary Sciences.
Corre água, corre
Há milhares de milhões de anos, Marte tinha uma atmosfera espessa e uma superfície relativamente quente com muita água líquida. Mas o Planeta Vermelho perdeu a maior parte do seu ar para o espaço, há milhares de milhões de anos atrás e, como resultado, é muito frio e seco actualmente.
Por exemplo, as temperaturas à superfície actualmente em Marte podem ir a -60ºC. E a baixa pressão do planeta faz com que a água se transforme rapidamente num gás.
'Se colocar água na superfície, ou evapora ou congela,' diz Goldspiel.
Pesquisas recentes sugerem que se uma quantidade significativa de água correr na superfície como um aquífero, pode permanecer líquida à superfície por um bocado, formando as intrigantes características conhecidas como 'linhas de inclinação recorrente' (RSL) que aparecem em algumas encostas do planeta durante os meses mais quentes. As RSL podem ser originadas por uma derrocada ou outro qualquer evento que exponha uma fonte de água à superfície. Eventualmente, a água iria começar a congelar, cortando a nascente, disseram investigadores.
Goldspiel imaginou o que aconteceria se a água calhasse a ficar retida num lago. Ele simulou uma enchente de água quente e fria, correndo por uma encosta e a ficar retida numa base de 100 metros de diâmetro. Enquanto a camada da superfície iria evaporar, uma camada de gelo iria, provavelmente, cobrir o lago.
Para lagos menos profundos de 3 metros de profundidade, Goldspiel descobriu que a água iria congelar quase imediatamente. No entanto, quando a água desce a encosta para formar lagos com 20 metros de profundidade, ela iria permanecer liquida durante pelo menos um ano.
Para além disso, água fria - temperaturas a rondar os 2ºC - iriam formar uma crosta de gelo que iria actuar como um cobertor térmico, determinou Goldspiel. No verão Marciano, qualquer gelo a tapar a fonte poderia derreter, permitindo que mais água passasse para o lago. A nova água poderia congelar no topo do gelo já existente, mas poderia passar calor que iria passar e derreter a camada em contacto com a água líquida, ajudando a manter fina a camada de gelo, enquanto a constrói.
No entanto, se a água fosse quente - cerca de 77ºC - poderia não só formar um lago pequeno mas também manter a camada de água sob a superfície, líquida. Camadas de gelo já foram encontradas sob o solo marciano, e outros cientistas propuseram que água líquida podesse existir abaixo da camada de poeira. Bolsas de água na sub-superfície poderão até ser capazes de suportar vida, protegendo-a contra a perigosa radiação que varre o planeta, dizem muitos astro-biólogos.
Um jacto de uma fonte água quente iria eventualmente congelar. Até agora, Goldspiel, correu a sua simulação só para um ano marciano, mas ele planeia corrê-lo mais tempo de modo de modo a ver quanto tempo duraria antes de congelar. Ele estima que levaria três a quatro anos a congelar.
No entanto, se a água fosse sendo continuamente fornecida, o lago poderia durar ainda mais, com a água quente a ajudar a manter a já fina camada de 'gelo de verão'. A água quente poderia surgir de aberturas hidrotermais de baixa pressão.
Goldspiel lembrou que apesar de 77ºC parecer quente, 'na Terra, vêem-se temperaturas como essas a toda a hora. Não é falta de razoabilidade esta temperatura para um sistema hidrotermal.'
Profundo, mas não quente
A ideia de água a correr em Marte hoje, tem sido explorado desde os anos de 1980's, mas tanto quanto Goldspiel sabe, nunca ninguém explorou a ideia de quanto tempo pode permanecer líquida, a várias profundidades, sob as condições actuais.
Apesar de nenhum dos sinais de blocos de gelo que iriam sobressair destes lagos esteja visível, isso não significa que eles não se possam formar no futuro com as condições actuais. Mas para estes lagos existirem ainda que temporariamente, a água teria de correr rapidamente e os lagos teriam de ser fundos, explicou Goldspiel.
'A água fria não vai necessariamente congelar mais rápido que a quente,' disse Goldspiel. 'A camada profunda congela mais rapidamente que a fina.'