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Porque é que a sonda a Europa vai estudar a poeira do satélite de Jupiter

23.11.15

 

Europa sonda.jpg

'Pensem sobre isso como as peças de um puzzle,' disse Zoltan Sternovsky.

Sternovsky, um professor assistente na Universidade do Colorado, referiu-se à questão sobre se o satélite de Jupiter, Europa - que tem um oceano liquído sob a sua superfície gelada - pode suportar vida.

A NASA planeia lançar uma missão robótica de voo por Europa no início da próxima década para verificar esta questão, e Sternovsky, como parte de uma equipa que irá desenvolver um dos nove instrumentos - o Analisador de Massa de Poeira da Superfície (SUDA), que irá determinar a composição dos materiais ejectados da superfície da lua gelada.

'Cada instrumento da missão a Europa irá aceder a uma das peças do puzzle,' diz Sternovsky na universidade no Laboratório para Física Espacial e Atmosférica, seguida por uma apresentação da SUDA.

'Alguns (instrumentos) procuram pela distribuição de bolsas de água líquida na crosta de gelo; ou pelo que parece material de superfície virado,' acrescentou Sternovsky. 'O SUDA terá acesso aos químicos embutidos no gelo. Em particular, queremos ver os químicos em materiais recentes à superfície.'

Depois de chegar à orbita de Jupiter, a "ainda-sem-nome" sonda da NASA, irá efectuar 45 vôos por Europa durante um período de três anos. As altitudes de passagem irão ser de 25 Km a 2,700 Km, referiram oficiais da NASA.

O SUDA irá escrutinar a poeira à volta de Europa durante estas passagens.

'Toda lua sem atmosfera está enrolada numa exosfera de poeira criada por jactos vindos da superfície, criado por bombardeamento de micrometeoritos,' diz Kempf.

Os 'intrumentos SUDA passarão através desta nuvem de partículas,' explicou Sternovsky. 'Aquelas que parassarem pela SUDA, serão analizados, que serão centenas ou milhares, dependendo da altitude.'

Estas partículas irão contra uma placa da SUDA a altas velocidade, aqucendo e vaporizando. Algumas destas partículas irão ionizar - adquirindo uma carga positiva ou negativa, por ganharem ou perderem electrões.

O trabalho do SUDA deverá permitir aos cientistas identificar material orgânico, e construir mapas da composição da superfície de Europa, disseram membros da equipa do instrumento. 'O que é verdadeiramente excitante, é que o gás ionizado, não será a água - 99% da massa - mas antes os mais interessantes químicos embutidos no gelo,' disse Sternovsky. 'Isto relaciona-se com a energia de ionização das moléculas. Acontece que, as moléculas de água são muito mais difíceis ionizar que os sais e as moléculas orgânicas que esperamos detectar.'

O voo por Europa irá experiênciar altos níveis de radiação no sistema de Jupiter, então os fomentadores do SUDA, e toda a equipa de instrumentalização, terão de proteger os seus instrumentos propriamente. 

'Toda a missão e cada instrumento irá contribuir como peças para o puzzle, que é entender a evolução da vida,' disse ele. 'A Terra é unica, ou a vida espalha-se e forma-se se as condições forem as correctas? De qualquer modo, saber a resposta seria muito, muito interessante. Eu acredito que isto é talvez a mais importante questão cientifica deste século, se não... para toda a humanidade.'

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