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Mosaico |
A sonda da NASA, New Horizons terminou de mandar a primeira serie de imagens mais nítidas da Plutão, obtidas na passagem de Julho pelo planeta - e esta sequência de imagens forma a melhor que humanos poderão ver por décadas que hão-de vir.
Todas as semanas, a sonda do tamanho de um piano, transmite dados armazenados nos seus gravadores digitais da sua passagem pelo sistema de Plutão em Julho de 2014.
Estas ultimas fotografias são parte de uma sequência feita aquando da passagem mais próxima a Plutão, com uma resolução aproximada de 77 a 85 metros por pixel - revelando características com menos de metade do tamanho de um quarteirão de uma cidade, na superfície diversa do planeta distante. Nestas novas imagens, a New Horizons registou uma enorme variedade de crateras, montanhas e espectaculares terrenos glaciares.
'Estas imagens próximas, mostram a diversidade do terreno de Plutão, demonstram o poder das nossas sondas exploradoras interplanetárias, que devolvem dados intrigantes aos cientistas aqui, no planeta Terra,' disse John Grunsfeld, antigo astronauta e administrador associado para o Directorado de Missão de Ciência da NASA.
'A New Horizons entusiasmou-nos, durante a passagem de Julho, com as primeiras imagens de proximidade de Plutão, e à medida que a sonda transmite os tesouros encontrados em imagens, continuamos a ficar espantados com o que vemos.'
As imagens enviadas formam uma faixa de 80 Km de comprimento, indo desde o horizonte denticular, 800 Km Noroeste, até ao informalmente nomeado Sputnik Planum, ao longo das montanhas al-idrisi, até à linha de Sputnik e através das paisagens geladas.
'Estas nova imagens deixam-nos sem respirar, com uma janela de alta-resolução da geologia de Plutão,' disse Alan Stern, Investigador Principal da New Horizons do Instituto de Pesquisa do Southwest nos EUA.
'Nada com esta qualidade esteve acessível para Vénus ou Marte ao longo de décadas, após a passagem das primeiras naves; no entanto Plutão têm-nas já - ao longo de crateras, campos de gelo e montanhas - menos de cinco meses após a sua passagem! A ciência que se poderá fazer com estas imagens é simplesmente inacreditável.'
Um vídeo feito destas imagens, revela detalhes espantosos num mundo a 5,000 milhões de quilómetros. Estas imagens são seis vezes melhores que a resolução do mapa global de Plutão que a sonda já tinha obtido, e cinco vezes melhor, que as melhores imagens do primo de Plutão, Tritão, a maior lua de Neptuno, obtida pela Voyager 2 em 1989.
'Crateras de impacto são as plataformas de exploração naturais, e as novas imagens de alta-resolução das grande crateras parecem mostrar a crosta gelada de Plutão, e, pelo menos em algumas imagens, parece distintamente haver camadas,' diz William McKinnon, da Geologia da New Horizons, e Geofísico da Universidade de Washington. 'Olhando para as profundezas de Plutão, é olhar também para trás no tempo, que nos ajudará a organizar as peças da história geológica de Plutão.'
'As montanhas que ladeiam Sputnik Planum são absolutamente espectaculares nesta resolução' acrescentou o membro da equipa da New Horizons John Spencer. 'Os novos detalhes revelados aqui, particularmente em cumes, num material de pedra, rodeando algumas das montanhas, reforça a nossa primeira impressão que as montanhas são grandes blocos de gelo que acabaram de ser empurrados e caíram e foram de algum modo transportados para as suas posições actuais.'
Estas imagens foram feitas com o telescópico Long Range Reconnaissance Imager (LORRI) abordo da New Horizons, com um espaçamento de um minuto começando às 11:36 UT de 14 de Julho - 15 minutos antes da maior proximidade a Plutão por parte da New Horizons - a uma distância de somente 17,000 Km.
Foram obtidas num modo de observação pouco usual; em lugar de trabalhar com o normal 'apontar e disparar', o LORRI tirou fotos a cada 3 segundos enquanto o Ralph/Multispectral Visual Imaging Camera (MVIC) prescrutava a superfície. Este modo requer exposições curtas para evitar imagens imperfeitas.
Os cientistas da missão esperam mais imagens deste segmento nos próximos dias, mostrando mais terreno em alta resolução.
A New Horizons viaja através do espaço profundo a uma velocidade de 14,5 Km/segundo e está a aproximadamente 167 milhões de quilómetros para lá de Plutão e a 5,200 milhões de quilómetros da Terra. Todos os instrumentos da Terra estão bem.