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Após um mergulho desafiador contra a superfície de Encelado, o satélite gelado de Saturno, a sonda Cassini enviou imagens do seu encontro imediato.
A sonda ficou a somente 50 Km da superfície do satélite, quarta-feira, (28 de Outubro), e passou através da pluma de material que se encontra em erupção na crosta gelada. As novas imagens mostram o material duro e rugoso de Encelado e as erupções em contra-luz.
Cientistas acreditam que a pluma, ejecta material de um oceano de água liquido que fica sob a superfície gelada. Cassini será agora capaz de dar alguma informação sobre a composição dos sprays, e potencialmente iluminar a questão sobre se esse ambiente subterrâneo é apto à vida.
As novas imagens são só as primeiras peças de informação que a Cassini juntou durante a sua aproximação. A nave irá enviar mais imagens, assim como a análise às plumas, feito com o analisador de gás a bordo e o detector de partículas. No entanto, esses testes poderão levar várias semanas a completar, de acordo com a NASA.
A nave não tem equipamento para procurar sinais de vida, mas estas análises poderão dar-nos pistas sobre o ambiente, e sobre se é adequado à vida. Enquanto os cientistas acreditam que o oceano subterrâneo consiste principalmente em água, estas análises podem ajudar a revelar se outros químicos estão presentes. As análises poderão conter informação sobre a actividade hidrotermal no solo oceânico, uma fonte de calor que seria provavelmente necessária para suportar vida.
A Cassini fará o seu último voo tangencial no dia 19 de Dezembro. A nave tem estudado Saturno e as suas luas ao longo de mais de uma década, mas a sua missão está prevista terminar em 2017, quando fará uma série de manobras entre Saturno e o seu anel mais interior, antes de mergulhar intencionalmente no gigante gasoso.
A NASA disse ainda estar a considerar enviar uma sonda só para Encelado para procurar sinais de vida. Se se concretizar, tal missão poderia ser lançada tão cedo quanto 2021. A agência já planeia lançar uma nave para o satélite de Júpiter, Europa - outro local que poderá ter vida - nos primeiros anos de 2020.