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Os dias estão a ficar mais longos

14.12.15

 



  Mathieu Dumberry

Cientistas estudam as mudanças passadas no nível do mar, de modo a conseguir fazer previsões correctas das consequências da mudança de clima, e olham para o núcleo da Terra de modo a fazê-lo correctamente.

'De modo a compreender completamente as mudanças no nível do mar que ocorreram ao longo do último século, precisamos compreender a dinâmica da corrente no núcleo da Terra' diz Mathieu Dumberry, professor de física na Universidade de Alberta.

A ligação é através da mudança na velocidade da rotação da Terra. A água derretida dos glaciares, não só causa o aumento do nível médio da água do mar, mas muda igualmente a massa dos pólos para o equador, o que abranda a rotação. (Imagine a Terra como um patinador em rotação. Ele move os braços para dentro para rodar mais rapidamente, ou para fora para abrandar.)

A força da gravidade da Lua também contribui para o abrandamento, agindo como um travão, no entanto, a combinação destes efeitos não é suficiente para explicar as observações do abrandamento da rotação da Terra: uma contribuição do núcleo deve também ser adicionada.

Dunberry é uma das poucas pessoas no mundo a investigar as mudanças na rotação da Terra, contribuindo com a sua experiência da ligação núcleo-manto, para o estudo.

'Ao longo dos últimos 3000 anos, o núcleo da Terra tem estado a acelerar um pouco, e o manto-crosta, onde nos encontramos, tem estado a abrandar.'

Como consequência a Terra está a rodar mais lentamente, e o tamanho dos nossos dias tem estado lentamente a abrandar. De facto, dentro de um século, o tamanho de um dia terá aumentado 1.7 milisegundos. Isto pode não parecer muito, mas Dumberry lembra que isto tem um efeito acumulativo que se acrescenta ao longo do tempo.

Baseados no seu trabalho e reconciliando estas diferenças, os cientistas envolvidos no estudo estão confiantes em prever que o aumento do nível do mar irá terminar no final do século XXI. 'Isto poderá ajudar a melhor preparar cidades costeiras, por exemplo, a lidar com as mudanças climáticas,' refere Dumberry.

'Estamos a falar de milhares de milhões de infra-estruturas.' Diz Dumberry que este estudo serve como um estímulo para que mais trabalho continue a ser efectuado na investigação do interior do nosso planeta.

As descobertas, 'Reconciliando mudanças passadas na rotação da Terra, com o aumento médio do nível do mar no século XX: Resolvendo o enigma de Munk's,' foi publicado a 11 de Dezembro de 2015, num artigo do jornal Science Advances.

Com 12 centros e institutos relacionados com mudanças de clima e 24 cadeiras de pesquisa do Canada relacionadas com mudanças de clima, a Universidade de Alberta propõe-se procurar as causas e efeitos das mudanças de clima. Estudos do passado realizados por investigadores ajudarão a melhor prever as mudanças do futuro.

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publicado às 10:44


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