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Lugar de lagos Marcianos ligado a antigo ambiente habitável

02.02.16

 



Vista em perspectiva (topo) onde Rodriguez e outros propõem que lagos rasos se podem ter formado nos últimos milhões de anos e, (abaixo) o solo de um lago numa planície Tibetana, onde Rodriguez irá estabelecer uma investigação este Verão. As setas apontam em ambas as fotos os limites que rodeiam a bacia.

Circulação de água subterrânea por baixo de uma fenda tectónica maciça localizada ao longo do flanco dos planaltos de alguns dos maiores vulcões do sistema solar, resultaram na formação há 3,000 milhões de anos de algumas das maiores bacias de Marte, de acordo com um artigo do cientista J. Alexis Palmero Rodriguez do Planetary Science Institute.

Estas bacias podem ter sido episodicamente cobertas, talvez durante centenas de milhões de anos, por lava e lagos de água que foram descarregados do subsolo por fontes pressurizadas, escreveu Rodriguez no 'Correntes de água subterrânea induzem colapso e inundação em Noctis Labirintus, Marte' que aparece na Ciência Espacial e Planetária.

Esta, demonstra uma área em Marte que poderá ter tido possivelmente vida.

'As amplitudes térmicas, presença de água liquida, e presença de nutrientes, que caracterizam os ambientes habitáveis conhecidos na Terra, têm mais possibilidades de se concretizar em Marte em áreas com longa presença de água e processos vulcânicos,' disse Rodriguez.

'A existência de depósitos de sal e estruturas sedimentárias e possível colocação nos paleo-lagos são de particular importância astrobiológica quando se olha para antigas áreas habitáveis em Marte.

'Isto é particularmente verdade se a descarga de água do subsolo do Marte antigo gostasse de sistemas hidrotermais que estiveram activos durante milhares de milhões de anos, contribuindo para a formação dos paleo lagos, como é proposto nesta investigação.'

A detecção de locais dos paleo lagos em Marte é particularmente desafiador porque sobre a frigidez planetária e fina atmosfera, a água das lagoas pode ter-se comportado de um modo diferente das da Terra, referiu. 'Nesta pesquisa propomos uma região Tibetana onde altos lagos nas montanhas mostram formas únicas que podem explicar algumas características interiores das bacias das regiões de Marte estudadas.'

Em colaboração com o governo Chinês, Rodrigues irá visitar a região Tibetana no próximo Verão para investigar o potencial local como localizações astrobiológicas análogas. Estas pesquisas não serão suportadas pela NASA.

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publicado às 10:53

Poderão formar-se lagos em Marte actualmente?

21.11.15

 


Lago Marte.jpg

Apesar da temperaturas frígidas, Marte poderá ser capaz de abrigar lagos de água na sua superfície, sugerem novos estudos.

Apesar de pequenas quantidades de água se evaporarem rapidamente na atmosfera de baixa pressão Marciana, fontes de água, como aquíferos, podem durar tempo suficiente para formar um charco, com lagos maiores permanecendo líquidos durante pelo menos um ano, dizem os investigadores.

'Ninguém duvida que em determinada altura houve água em Marte,' diz Jules Goldspiel, do Instituto de Ciência Planetária no Arizona. 'A questão em que eu andava interessado, dado as condições actuais, e que são hostis à água líquida, é saber se podem (ainda) existir.

Ele criou uma simulação para determinar se a água líquida pode atolar e formar lagos que permaneçam líquidos até agora.

'Poderá existir durante algum tempo, potencialmente,' disse Goldspiel, que apresentou resultados a 12 de Novembro no encontro da American Astronomical Society's Division for Planetary Sciences.

Corre água, corre

Há milhares de milhões de anos, Marte tinha uma atmosfera espessa e uma superfície relativamente quente com muita água líquida. Mas o Planeta Vermelho perdeu a maior parte do seu ar para o espaço, há milhares de milhões de anos atrás e, como resultado, é muito frio e seco actualmente.

Por exemplo, as temperaturas à superfície actualmente em Marte podem ir a -60ºC. E a baixa pressão do planeta faz com que a água se transforme rapidamente num gás.

'Se colocar água na superfície, ou evapora ou congela,' diz Goldspiel.

Pesquisas recentes sugerem que se uma quantidade significativa de água correr na superfície como um aquífero, pode permanecer líquida à superfície por um bocado, formando as intrigantes características conhecidas como 'linhas de inclinação recorrente' (RSL) que aparecem em algumas encostas do planeta durante os meses mais quentes. As RSL podem ser originadas por uma derrocada ou outro qualquer evento que exponha uma fonte de água à superfície. Eventualmente, a água iria começar a congelar, cortando a nascente, disseram investigadores.

Goldspiel imaginou o que aconteceria se a água calhasse a ficar retida num lago. Ele simulou uma enchente de água quente e fria, correndo por uma encosta e a ficar retida numa base de 100 metros de diâmetro. Enquanto a camada da superfície iria evaporar, uma camada de gelo iria, provavelmente, cobrir o lago.

Para lagos menos profundos de 3 metros de profundidade, Goldspiel descobriu que a água iria congelar quase imediatamente. No entanto, quando a água desce a encosta para formar lagos com 20 metros de profundidade, ela iria permanecer liquida durante pelo menos um ano.

Para além disso, água fria - temperaturas a rondar os 2ºC - iriam formar uma crosta de gelo que iria actuar como um cobertor térmico, determinou Goldspiel. No verão Marciano, qualquer gelo a tapar a fonte poderia derreter, permitindo que mais água passasse para o lago. A nova água poderia congelar no topo do gelo já existente, mas poderia passar calor que iria passar e derreter a camada em contacto com a água líquida, ajudando a manter fina a camada de gelo, enquanto a constrói.

No entanto, se a água fosse quente - cerca de 77ºC - poderia não só formar um lago pequeno mas também manter a camada de água sob a superfície, líquida. Camadas de gelo já foram encontradas sob o solo marciano, e outros cientistas propuseram que água líquida podesse existir abaixo da camada de poeira. Bolsas de água na sub-superfície poderão até ser capazes de suportar vida, protegendo-a contra a perigosa radiação que varre o planeta, dizem muitos astro-biólogos.

Um jacto de uma fonte água quente iria eventualmente congelar. Até agora, Goldspiel, correu a sua simulação só para um ano marciano, mas ele planeia corrê-lo mais tempo de modo de modo a ver quanto tempo duraria antes de congelar. Ele estima que levaria três a quatro anos a congelar.

No entanto, se a água fosse sendo continuamente fornecida, o lago poderia durar ainda mais, com a água quente a ajudar a manter a já fina camada de 'gelo de verão'. A água quente poderia surgir de aberturas hidrotermais de baixa pressão.

Goldspiel lembrou que apesar de 77ºC parecer quente, 'na Terra, vêem-se temperaturas como essas a toda a hora. Não é falta de razoabilidade esta temperatura para um sistema hidrotermal.'

Profundo, mas não quente

A ideia de água a correr em Marte hoje, tem sido explorado desde os anos de 1980's, mas tanto quanto Goldspiel sabe, nunca ninguém explorou a ideia de quanto tempo pode permanecer líquida, a várias profundidades, sob as condições actuais.

Apesar de nenhum dos sinais de blocos de gelo que iriam sobressair destes lagos esteja visível, isso não significa que eles não se possam formar no futuro com as condições actuais. Mas para estes lagos existirem ainda que temporariamente, a água teria de correr rapidamente e os lagos teriam de ser fundos, explicou Goldspiel.

'A água fria não vai necessariamente congelar mais rápido que a quente,' disse Goldspiel. 'A camada profunda congela mais rapidamente que a fina.'

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publicado às 08:17


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