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A sonda da Agência Espacial Europeia identificou extensas regiões de água gelada na superfície do cometa que também é conhecido como Churyumov-Gerasimenko. A informação foi divulgada pela revista Nature, onde se explica que a descoberta foi feita pelos investigadores do Instituto Nacional de Astrofísica de Itália. Os cientistas recorreram a infravermelhos para identificar as manchas de gelo na região do cometa, baptizada como Imhotep.
Os dados recolhidos pela Rosetta já tinham permitido identificar pequenos cristais de gelo na superfície e vapor de água no 67P. As novas observações, dizem os cientistas, vêm confirmar a existência de água em quantidade significativa no cometa.
A Rosetta chegou ao Churyumov-Gerasimenko em agosto de 2014 depois de uma longa viagem, iniciada em 2004. Antes de chegar ao destino permitiu observar a Terra, Marte e dois asteróides. Quando a missão, já no destino final, completou o seu primeiro ano a ESA publicou um conjunto de imagens que resumem os passos mais emblemáticos.
Com a Rosetta, viajou para o cometa 67P o robot Philae, que foi o primeiro na história da humanidade a posar num cometa. Já comunicou com a Terra, mas as últimas informações indicam que não voltará a fazê-lo. As últimas tentativas de contacto foram feitas esta semana.
As hipóteses de renovar o contacto com o robô laboratório europeu Philae, são razoáveis.
'Ele foi lançado através do espaço, agarrado a um cometa,' diz um controlador de voo, quatro meses depois de o pequeno módulo ter ficado em silêncio.
'Há uma probabilidade razoável de restabelecer contacto com o módulo, talvez 50/50,' diz Stephan Ulamec da Agência Espacial Alemã DLR.
A Philae tocou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 12 de Novembro, 10 anos depois de uma viagem de 6,5 mil milhões de Km, através do espaço.
A aterragem foi dura, e o robô tombou numa cova afastada dos raios solares capazes de carregar as baterias da sonda.
Após três dias de prospecção do cometa, a sua bateria acabou, e a Philae entrou em hibernação no dia 15 de Novembro.
Mas quando o cometa de aproximou do Sol na sua órbita elíptica, a Philae recarregou e acordou a 13 de Junho.
Efectuou oito contactos intermitentes com a Terra, através do satélite que orbita o cometa, e voltou a ficar silenciosa no dia 9 de Julho.
O estado do robô, do tamanho de uma máquina de lavar, é actualmente desconhecido.
- 'Razoavelmente optimista' -
Em Julho, os controladores expressaram o seu medo que a Philae tivesse mudado de lugar na superfície rugosa da superfície extra terrestre, e ficasse fora do alcance dos sinais rádio.
Outro risco é o de que os seus painéis solares estejam cobertos de poeira que saíram do cometa aquando da sua maior aproximação ao Sol, em Agosto.
O contacto será possível 'só se não tiver caído demasiado poeira nos painéis solares, o que é difícil de estimar, e se o sistema de comunicações estiver a funcionar propriamente,' disse Ulamec.
É possível que a Philae esteja 'acordada e ninguém saiba disso.
A sonda Rosetta teve de se afastar, fora do alcance de rádio, para prevenir estragos ao seu sistema de navegação devido às poeiras ejectadas, aquando da sua aproximação ao Sol.
À distância de 300 Km do cometa - comparado aos menos de 10 Km em Outubro - a Rosetta estava demasiado longe para comunicar com a Philae.
'O cometa tem estado menos activo desde Setembro, e as condições são mais favoráveis à aproximação,' diz Sylvain Lodiot, responsável de operações da Rosetta da Agência Espacial Europeia.
Na 3ª feira, o orbitador estava a uma distância de 270Km do cometa, e irá continuar a aproximar-se até aos 200 km se tudo correr bem.
'Estamos a preparar-nos para novos contactos com a Philae, diz Philippe Gaudon, Gestor do Projecto Rosetta na agência Espacial Francesa CNES.
'Estamos razoávelmente optimistas,' acrescentou.
A janela de contacto deverá estar disponível até ao final do ano.
'Fim de Dezembro ou Janeiro iremos começar a pesquisar uma área demasiado longe do Sol, onde já não é possível comunicar,' diz Ulamec.
A missão Rosetta foi concebida para sabermos mais acerca da origem na Terra.
Alguns especialistas acreditam que Cometas foram contra o nosso planeta, dando-lhe a preciosa água e química capaz de iniciar vida.