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Técnicas de imagem podem ajudar a descobrir planetas tipo-Terra à volta de outras estrelas

24.02.16

 



O dispositivo CID tem a capacidade de detectar objectos escuros até atrás de Sirius, a estrela mais brilhante da nossa galáxia. A imagem 'a' mostra o campo de Sirius e as coordenadas do céu a verde. Os pontos vermelhos representam objectos já catalogados. A linha vermelha representa o movimento de Sirius. A imagem 'b' mostra objectos sumidos detectados perto de Sirius.

Uma das maiores procuras da astrofísica, é encontrar planetas tipo-Terra à volta de outras estrelas - lugares onde a vida possa existir. Os telescópios normais não são bons para efectuar imagens directas desses pequenos objectos devido à luz da estrela hospedeira que anulam a luz reflectida mais fraca de potenciais planetas. Mas um novo desenvolvimento na fotografia espacial poderá resolver este problema incómodo.

Um estudo elaborado por Daniel Batcheldor do Instituto de Tecnologia da Flórida demonstrou que um aparelho de injecção de carga, ou CID, tem a capacidade de capturar luz dos objectos, dezenas de milhões de vezes mais desmaiados que qualquer outro objecto na mesma fotografia.

Um exoplaneta próximo a uma estrela brilhante é um desses exemplos. Esta capacidade é um resultado sobre o modo como o CID é usado como um tipo de câmara: cada píxel individual trabalha independentemente e usa um sistema de indexação especial. Os píxeis muito brilhantes são ligados rapidamente, enquanto aos mais desmaiados é permitido continuar a ligar a luz mais fraca. 

'Se esta tecnologia pode ser adicionada a futuras missões especiais, poderá ajudar-nos a realizar algumas descobertas profundas que terão em conta o nosso lugar no universo,' disse Batcheldor. As descobertas do estudo foram reportadas a 18 de Janeiro de 2018, na edição das Publications of the Astronomical Society of the Pacific.

Para estudar exoplanetas em detalhe, os cientistas são forçados a fazer observações deste objectos de pouco brilho próximo a estrelas brilhantes. A situação é muitas vezes descrita como um candeeiro próximo a um farol com problemas, apesar de na realidade ser milhares de vezes pior. 'A instrumentação tecnológica actual é muito complexa e dispendiosa e ainda longe de conseguir imagens directas de planetas tipo-Terra,' disse Batcheldor.

Com a competência da Sociedade Astronómica Americana, Batcheldor e diversos alunos licenciados em física e do Departamento de Ciências Espacias, lideraram o estudo usando um CID de 0.8 metros, no telescópio Ortega na Florida.

Eles foram capazes de encontrar objectos 70 milhões de vezes mais ténues, através do brilho de Sirius, a estrela mais brilhante do nosso céu nocturno. Isto é mil vezes melhor do que qualquer câmara astronómica amadora.

O facto de um objecto ténue possa ser detectado com precisão através da menos que ideal, espessa atmosfera da Florida, tornam as observações com o CID mais excitantes.

Os planos de Batcheldor planeiam testar o CID mais ao longo do ano num telescópio no Arquipélago das Canárias, e um protótipo para o CID é esperado para testes na Estação Espacial Internacional mais para o final do ano. Em ambos os casos os CIDs serão construídos pela Thermo-Fisher Scientific.

A solução de Batcheldor é de interesse potencial para os cientistas por ser relativamente barata comparada com outras ideias, como um ocultador externo, do tipo de anulador de estrelas, que pode requerer múltiplos e complicados componentes trabalhando em conjunto no espaço, de modo a conseguir um vislumbre de meramente uns pequenos, exoplanetas do tamanho da Terra.

'Pessoalmente, gosto de soluções simples e para-a-frente, especialmente quando há um problema complexo,' disse. 'O CID é capaz de olhar para um a fonte de luz muito brilhante, ao lado de uma fonte de luz ténue e não experienciar uma grande degradação de imagem que ocorreria numa experiência normal com a câmara típica.'

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publicado às 12:00

O Telescópio Gigante Magalhães inicia a construção no Chile

18.11.15

 




Cientistas, oficiais e apoiantes de um consórcio internacional de universidades e instituições de pesquisa, estão reunidos no topo de uma montanha nos Andes Chilenos para celebrar o inicio da construção do Telescópio Gigante Magalhães (GMT). A cerimónia marca o começo da construção do telescópio e dos seus alicerces.

O GMT está programado ser o maior telescópio do mundo quando começar a operar em 2021. Irá produzir imagens dez vezes melhores do que as produzidas pele Telescópio Espacial Hubble e irá espoletar questões chave na cosmologia, astrofísica e no estudo de exoplanetas.

'Estamos entusiasmados de estar a iniciar com o Telescópio Gigante Magalhães um tempo tão excitante e inovador para a astronomia,' diz o Director do Instituto Observatório McDonald, da Universidade do Texas em Austin, o Dr. Taft Armandroff.

'Com o seu tamanho sem precedentes e poder de resolução, o GMT irá permitir a gerações actuais e futuras de astrónomos, continuar a jornada de descoberta cósmica.'

O GMT será posicionado no Observatório de Las Campanas no deserto Chileno de Atacama. Conhecido pelos seus céus escuros e límpidos e com uma imagem excepcional de claridade astronómica, Las Campanas é um dos melhores locais do mundo para a astronomia. Equipas de construção, estarão em breve ocupadas para construir estradas, redes energéticas e outras infraestruturas necessárias ao suporte do observatório.

O desenho único do telescópio combina sete dos maiores espelhos que podem ser manufacturados, cada um com 8,4 metros, para criar um unico telescópio de 25 metros de diâmetro. Os espelhos gigantes estão a ser desenvolvidos na Universidade do Arizona, Laboratório de Espelho Richard F. Caris. Cada espelho terá de ser polido com uma exactidão de até 25 nanometros.

Um espelho gigante já foi polido de acordo com as especificações exactas. Três outros estão a ser processados e a produção de espelhos adicionais começarão a ser realizados à média de um por ano. O telescópio iniciará operações com estes primeiros espelhos em 2021 e o telescópio é esperado atingir capacidade operacional plena durante a próxima década.

'Uma enorme quantidade de trabalho foi para a fase de design do projecto e desenvolvimento dos espelhos gigantes, que são o coração do telescópio. Os maiores riscos técnicos foram removidos e estamos a preparar para levar os componentes para o topo da montanha,' referiu Patrick McCarthy, presidente interino da GMTO.

O GMT irá permitir aos astrónomos caracterizar planetas orbitando outras estrelas, testemunhar formações de galáxias e estrelas e ganhar capacidade de visualizar matéria escura e energia escura. As descobertas do GMT darão origem a novas descobertas e novas e imprevistas descobertas.

Os Directores do Quadro da Organização GMT, aprovaram a entrada em construção do projecto no inicio de 2015, após os onze fundadores iniciais terem colocado $500 milhões de dólares à disposição do projecto. Os fundadores vieram dos EUA, Brasil, Austrália, Coreia e Chile como país receptor do projecto.

'Passando esta barreira, tomamos um passo em frente, crucial para a nossa missão para construir uma nova geração de extremamente grandes telescópios. O GMT irá ajudar a uma nova era de descoberta e repostas acercas das mais profundas questões acerca do universo,' diz o Dr. Charles Alcock, director do Centro de Astrofísica de Harvard/Smithsonian.

'Estamos satisfeitos com a celebração desta data com os nossos colegas Chilenos, os nossos colegas internacionais e a comunidade astronómica.'

 

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publicado às 07:57


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